Sinopse:
Mad Max – Estrada da Fúria (Mad Max – Fury Road) – O Ex-policial Max Rockatansky (Tom Hardy) continua a vagar pelo deserto pós-apocalíptico que é a Austrália do filme. Ao ser capturado e ter seu Interceptor roubado, Max acaba se juntando, acidentalmente e contra a sua vontade, a Imperator Furiosa (Charlize Theron) e um grupo de mulheres, que estão tentando fugir de Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne), o senhor da guerra local.
Mad Max – Estrada da Fúria – COMENTARIOS SEM SPOILER:
Mad Max – Estrada da Fúria só não é o melhor filme do ano por causa de duas semanas, aquelas duas semanas antes do ano novo, ainda em dezembro de 2015, quando estreou Star Wars – O Despertar da Força. Mad Max foi o primeiro filme do diretor George Miller, dirigido por ele em 1979, e agora 36 anos depois Miller retorna a franquia que o consagrou como diretor. É fantástico, diante da tempestade de remakes merdas que vem assolando Hollywood na última década, ver um diretor retornar para seu filho primogênito e lhe dar uma continuação digna do nome. Não é apenas um filme de ação, não são apenas carros, explosões, sangue e uma longa perseguição pelo deserto australiano. É uma aula de narrativa, fotografia, efeitos especiais, som e fúria. A trama é simples, como era nos filmes anteriores, mas possuía tanta personalidade que não tem como critica-la por isso. Não precisamos de um épico, apenas de uma estória bem executada, de forma implacável. O filme tem um ritmo excelente, com paradas muito bem executadas na ação e essas cenas de ação não são cansativas, elas têm proposito, que é algo raro hoje em dia. A violência não é gratuita, mas faz parte da narrativa, leva você pelas cenas. É gráfica e brutal, sem ser desnecessária. Os personagens também têm bastante conteúdo e quase todos são interessantíssimos ao seu modo, e mesmo para um filme de ação eles são bem construídos – dadas as limitações da trama claro. Para não me alongar vou comparar o filme a uma sinfonia, Miller consegue fazer todos os elementos dialogarem e se complementarem. Eles todos constroem uma obra. Você pode não gostar de filmes de ação, mas a qualidade técnica do filme é inegável. Vale ressaltar as homenagens que são feitas aos outros três filmes, atenção dada para as mulheres, o fato de que a Charlize aparece tanto ou mais quanto o Max e que ela movimenta boa parte da trama, e não ele. O filme também brinca com signos que seriam utilizados nesse mundo devastado, a organização social e as forças de controle e guerra. Existe muita criatividade por trás de Mad Max – Estrada da Fúria, muito além da simples violência. Para terminar, embora o Oscar não seja infalível – na verdade ele falha bastante – um filme qualquer de ação não teria as dez indicações que Mad Max tem. Uma vez que Star Wars não está concorrendo a melhor filme, minha torcida fica para a perseguição de carros apoteótica de George Miller. Indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Cabelo, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Design de Produção, Melhor Edição, Melhor Montagem.
Lançamento | 14 de maio de 2015 (2h0min) |
Dirigido por | George Miller |
Com | Tom Hardy, Charlize Theron, Zoë Kravitz mais |
Gênero | Ação , Ficção científica |
Nacionalidade | Austrália , EUA |
Oscar 2016 | Melhor Figurino Design de Produção Maquiagem e Cabelo Montagem Edição de Som Mixagem de Som |
MAD MAX – ESTRADA DA FÚRIA – COMENTARIOS COM SPOILER:
Vou começar falando do único problema do filme: Alguém avisou para o Tom Hardy que o personagem dele é capaz de falar? No roteiro quase todas as falas dele deviam estar marcadas como “[Max resmunga]”. Eu entendo que ele quer ter um distanciamento daquelas pessoas, que ele ficou muito tempo no deserto e coisas assim, mas é exagerado, parece que ele bateu com a cabeça entre o terceiro filme e esse, e perdeu alguns neurônios. Enfim, agora que tiramos isso do caminho. Que filme foda, cenas de ação bem executadas, brutais e tensas. A sensação é de que a qualquer momento alguém vai morrer, ou ser atropelado ou simplesmente explodir numa chuva de sangue (e olha que não foi o Tarantino que dirigiu). O Nux é um personagem fantástico, a necessidade dele de impressionar o Immortan, essa lealdade quase religiosa e a abnegação de querer se sacrificar por ele, morrer para chegar ao Valhala – outro signo muito bem utilizado – e depois a forma como isso se desconstrói dentro dele até o crescimento e ele entender que elas não são propriedade e querer morrer a ponto de salva-las. Não é a melhor construção de personagem da história, mas é muito bem feita e em pouco tempo. Toda a cidadela é fantástica, as plantas no topo e como Joe e seus filhos mantem o resto das pessoas num estado de miséria, usando as mulheres saudáveis para gerar um “suprimento” de soldados. Parece que nada é por acaso, gratuito, tudo tem um signo, uma mensagem, um mundo bem construído e vivo. Aquacola por exemplo, ou o fato dos Warboys fazerem um motor V8 com as mãos em frente ao altar onde ficam os volantes. Existem infinitos detalhes ao longo do filme, que tornam ele crível. A Furiosa é sensacional, ela se rebelar contra o Immortan, que é um vilão ótimo também, implacável e ao mesmo tempo fraco. A Charlize da um banho em todos os momentos do filme, muito mais que o Tom Hardy, motivo pelo qual as pessoas reclamaram que devia ser o nome dela no título e não perceberam que é o nome dela no subtítulo. Adorei a perseguição final, os guerreiros pulando nos carros como se fossem piratas invadindo um navio, as aliadas nas motos usando os rifles, o cego tocando a guitarra. É tudo absurdamente surreal e por isso mesmo é tão bom. Outra parte excelente: quando o Max sai para parar o Fazendeiro de Balas, não vemos a ação, vemos apenas ele indo na direção do carro à noite, com um galão de combustível, a explosão no horizonte, e a volta dele todo ensanguentado. Parece sacanagem não mostrar, mas isso cria uma mística para o personagem. Algumas pessoas reclamaram do fim, mas é assim em todos os filmes, Max chega, tem um problema, ele relutantemente ajuda a resolver o problema e segue adiante. O eterno andarilho dos pós-apocalipse.
O Oscar passou, mas as resenhas aqui no blog não! É isso gente, esse foi um post que foi feito em colaboração com Pedro Mota, um amigo meu, por motivos de falta de tempo auhhua. E eu realmente não queria que o blog ficasse capengado em relação às sinopses dos filmes. Eu já assisti alguns outros novos e estou atrasada de novo. Mas vou tentar continuar com a ajuda desse meu amigo.
Se assistiram Mad Max, me digam o que acharam do filme! E o mais importante, me falem se gostam ou não dessas resenhas/resumos/críticas de filmes aqui do blog e o que acharam dessa feita pelo Pedro!!
Mil e um beijinhos e até a próxima!!